quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O professor António Teixeira,

http://mympel2012.crowdvine.com/pages/apresenta%C3%A7%C3%B5es
a propósito do futuro da educação na europa ,
 deu conta do contributo dos estudantes do mpel para a reflexão dos EDEN follows e partilhou duma lista de prioridades:
 " O principal desafio na próxima década é o
da diminuição do custo da Educação pública de qualidade e a massificação do acesso aberto à criação, disseminação e preservação partilhadas do conhecimento. Nesse sentido, a próxima grande prioridade, após o investimento na infraestruturação tecnológica e na capacitação docente para as práticas educativas inovadoras, é o da transformação estrutural das instituições educativas em organizações aprendentes, promotoras de avanços disruptivos e adaptadas aos modelos da sociedade em rede.Neste contexto, a investigação deverá assumir um caráter mais holístico eintegrado e encontrar um novo foco central nos aspetos éticos do ensino e da aprendizagem em ambiente virtual.09-11-2012 António Moreira Teixeira"

autorizei-me a sublinhar para colocar uma pergunta: a sua organização é uma organização que aprende?
Gostava de saber onde se situam nesse caminho da transformação para uma learning-organization.
POdem partilhar das vossas experiências?
Obrigada
Is.M-F

7 comentários:

  1. Olá Isabel,

    Esta apresentação também me suscitou interesse, pois o Ensino Superior está a sofrer grandes mudanças. Com o fenómeno de abertura das IES internacionais ao movimento aberto (Open Education), as instituições vão ter que rever as suas estratégias.

    A discussão sobre o Ensino Superior, o estrangulamento financeiro das IES,o peso excessivo das propinas para as famílias e o cenáro de desemprego dos jovens, levantam muitas questões.

    Paralelamente, hoje, mais do que nunca, a procura por graus superiores de qualificação é uma realidade.

    Em Portugal as IES desmultiplicaram-se duma forma excessiva para a população que temos.

    Quando comparamos com outros países o número de IES não permite a sua sustentbilidade. Mas, por outro lado, temos de reconhecer que as instituições criadas no interior do país trouxeram outra vida às cidades com a população de estudantes que atraíu.

    Continuo a estranhar que a dimensão online ainda não esteja disseminada nas IES, parece-me que a oferta de cursos presenciais já deviam ter dado lugar a outros tantos virtuais.

    Enfim, tenho muitas interrogações!

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    1. Olá Isabelle e Ida
      O INE publicou ontem uma série de dados interessantes: 500 mil portugueses são ainda analfabetos e apenas 15% da população tem um curso superior!
      Tal como a Ida refere, a sustentabilidade das IES é fundamental para que o ensino superior tenha a qualidade que lhe é exigida.
      A questão com as ofertas de cursos online é que, ao contrário daquilo que parece à primeira vista (e que é argumento falacioso para a sua difusão), é que não são «mais baratos» se se aspirarem a critérios de qualidade.
      As interrogações são, realmente, muitas.
      Angelina

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  2. Olá, Isabelle!
    A questão que colocas parece-me deveras importante. Será que as Universidades e as escolas são instituições que aprendem? Considerando a instituição escolar como um todo, onde se movimentamos professores, alunos e demais agentes, pergunto-me, muitas vezes, o que aprendem os nossos alunos? E nós, o que aprendemos quando somos atolados em regras e regulamentos, em que raramente se trocam ideias sobre conteúdos científicos. O que fazem as escolas, para melhorar? Parece-me que vivemos um pouco adormecidos à sombra de estatísticas, números, regulamentos e papéis... Que lugar para a tecnologia, nas instituições de hoje e do futuro? Talvez encontremos algumas respostas nos cursos que vamos fazendo. Abraço. Luís

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  3. Ora viva, Isabelle, Ida e Luís

    1. As organizações que aprendem são aquelas que dão resposta aos problemas (criam soluções) e lidam com as situações para se desenvolverem;

    2. Não lidar com os problemas, esperar que se auto resolvam, aplicar as receitas do passado leva-nos para onde já nos encontramos ... com que Educação.

    3. Precisamos de Pensar na Educação, sem Pensamentos em modo acelerado fruto da modernidade.

    4. A tecnologia social está aí.

    5. A nossa cultura é que ainda não a integrou para o trabalho.

    6. As nossas preocupações são os feriados e não as obras que realizamos ...

    7. Todos estamos à espera que a Educação dê a resposta da Era do conhecimento, mas só é possível ter conhecimento para ensinar se o vivenciarmos.

    Até já,
    Gaspar Amaral

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  4. Cara Isabelle

    A minha organização tem sofrido a implementação de vários suportes tecnológicos enquanto organização e enquanto entidade educativa, desde o google apps, para partilha de documentos e mensagens entre formandos e formadores, até o moodle, para formação à distância, com alguma resistência da parte do público-alvo para optar por essa modalidade. Enquanto organização certificámo-nos em 2010 com a ISO9001:2008, o que desencadeou a adesão a uma plataforma de gestão documental online de toda a documentação interna e externa recebida e enviada. Este ano certificamo-nos pela European Foudation for Quality Management. Estamos neste momento em processo de elaboração de procedimentos para contratação pública electrónia. Tem sido um caminho longo mas que nos impulsiona todos os dias para aprender mais. Penso que falta investimento e reflexão nas práticas pedagógicas com os 200 alunos dos cursos de dupla qualificação com equivalência ao secundário, perdendo-se a possibilidade de inovar concretanente no nosso core business, mas essa ainda é uma área a desbravar.

    Cumprimentos,

    Susana Rosa

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    1. Olá Susana, desculpe responde só agora.
      muito obrigada pela partilha
      Qual foi a aceitação do moodle por parte dos professores? Foi organizada alguma formação? se puder dar alguma informação, agradeço.
      Isabelle :-)

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  5. Bom dia a todos,
    das organizações que aprendem orientava a minha reflexão nesta ideia: "Uma organização que aprende e incentiva a aprendizagem entre as pessoas. Promove o intercâmbio de informações entre funcionários (professores, funcionários não docentes e alunos), portanto, a criação de uma força de trabalho mais qualificada. Isso produz uma organização muito flexível, onde as pessoas vão aceitar e se adaptar a novas idéias e mudanças através de uma visão compartilhada" (http://www.see.ed.ac.uk/~gerard/MENG/MEAB/us.html ). Acho que está bem na linha dos vossos comentários, o que refere a Susana insere-se na implementação de suportes tecnológicos mas acho que pode ser visto na ideia de aprendizagem partilhada em todos os níveis, a ideia de aceitar e se adaptar a novas tecnologias por exemplo é sustentada pela valorização e partilha do que cada um sabe, valorizando o individuo em prol de toda a comunidade. Esse primeiro passo predispõe para uma aceitação e adesão mais rápida e mais eficaz de novos conhecimentos ou ferramentas.
    O meu desafio inicial estava mesmo na pergunta proposta pelo Luís: "Será que as Universidades e as escolas são instituições que aprendem?"
    podemos tambén consultar
    Is Yours a Learning Organization?
    by David A. Garvin, Amy C. Edmondson, and Francesca Gino
    in http://hbr.org/2008/03/is-yours-a-learning-organization/ar/1 da Harvard Business review
    As referências são imensas porque prendem-se com o mundo da empresa e podemos encontrar muitas pistas e trabalhos já realizados neste domínio.
    Muito obrigada

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